José Roberto Lourencini participa de reunião com governador por aprovação da venda de carne moída fracionada
Empresário mauaense foi um dos representantes do setor supermercadista no encontro em que Rodrigo Garcia assinou decreto aprovando a medida; nova legislação já está em vigor no estado
O empresário mauaense José Roberto Lourencini participou, ao lado de representantes da APAS (Associação Paulista de Supermercados), de uma reunião com o governador Rodrigo Garcia (PSDB) para a apresentação de um projeto que pedia a regulamentação da venda de carne moída fracionada em estabelecimentos comerciais de todo o estado. O encontro ocorreu no dia 5 de abril, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, e terminou com a assinatura de um decreto que aprova a proposta da entidade.
Para Lourencini, que atua há quase cinco décadas no segmento e possui uma rede de dez lojas na região, a aprovação do projeto – que além de regulamentar a venda também padroniza as normas de produção e de armazenamento do produto – é uma grande vitória para todo o setor supermercadista. Segundo o empresário, a nova regulamentação garantirá aos estabelecimentos não apenas uma diminuição no desperdício de carne, mas também a utilização das mais modernas técnicas de moagem e de conservação do alimento.
“Na hora em que é feita a desossa do boi, sobram frações de carne que são iguais a qualquer outra. É um produto de primeira. Então, são esses retalhos que vão se tornar essa carne moída. Hoje é tudo muito sério. Temos o SIF (Serviço de Inspeção Federal), o governo está sempre atualizado para acompanhar os processos pelos quais passam os bois (durante o abate). É algo muito bom para nós”, afirmou.
Outro ponto destacado por Lourencini foi a agilidade com que a proposta foi aprovada pelo governador. “Ele sentou na cadeira e já sancionou essa lei”, resumiu o empresário acrescentando que Garcia se manteve sempre solicito durante o encontro. “O governador foi muito cordial conosco, gostou muito e elogiou bastante o setor supermercadista, tanto pelo papel que temos ao empregar tantas pessoas, como na apresentação dos estabelecimentos”, revelou.
Rodrigo Garcia, por sua vez, observou que o decreto altera uma antiga legislação de 1978 e pontuou que a aprovação do projeto nada mais é do que uma atualização necessária após o avanço das técnicas de produção e de conservação de carnes.
“Estamos apresentando um regramento rigoroso do ponto de vista sanitário, mas que atende aos interesses dos consumidores em todo o Estado. Este decreto foi produzido por uma equipe que tem o compromisso de cumprir com um programa de metas de uma boa gestão, corrigindo aquilo que é possível para deixar um futuro ainda melhor para o nosso estado”, afirmou o governador.
Entretanto, mesmo com a nova regulamentação que autoriza a pré-moagem das carnes, a legislação garante ao consumidor o direito de exigir que a carne seja moída na sua presença. Outra medida apresentada é que o produto deve ser produzido no menor tempo possível, apenas o estritamente necessário para sua preparação.
Além disso, a proposta estipula as normas para a manipulação e o armazenamento adequado dos produtos e determina quais insumos podem ou não ser incluídos na moagem da carne bovina. Depois de resfriada, a carne moída deverá ser com prazo de validade máximo de dois dias, incluindo a data da moagem, e todas as atividades de preparo ficam sujeitas à autorização da autoridade sanitária e adequadas aos critérios estabelecidos pelas secretarias estaduais da Saúde e da Agricultura e Abastecimento.
Já a venda do produto poderá ser feita tanto pelos açougues com acesso direto à rua ou por aqueles que estão localizados em áreas internas de supermercados exclusivamente no balcão de carnes frescas, fracionadas e temperadas. Também fica autorizada a comercialização de carne conservada ou preparada, exceto os enlatados, e de pescado industrializado e congelado, ambos procedentes de fábricas licenciadas e registradas.
O decreto entra em vigor na data de sua publicação e os critérios técnicos poderão ser definidos em normas complementares editadas pelas Secretarias da Saúde e de Agricultura e Abastecimento, no âmbito de suas competências.
Elogios à APAS
Quem também foi alvo de elogios por parte de José Roberto Lourencini foi a APAS. A associação, fundada em 1971 para representar o setor supermercadista, elaborou o projeto junto ao Centro de Vigilância Sanitária utilizando em sua base o que determina o Código de Defesa do Consumidor para que sejam respeitados os processos de qualidade e segurança com a padronização dos critérios de higiene para a moagem da carne com ou sem a presença do consumidor, o que deu segurança para que ele assinasse o decreto.
Para o empresário, que já fez parte da diretoria da entidade (hoje seu irmão Rogério Lourencini compõe a diretoria da associação), a APAS cumpriu muito bem o seu papel durante todo esse processo. “A APAS é a nossa defensora em tudo e foi muito importante para a efetivação desta nova regulamentação”, encerrou.
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